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Por mais histórias e menos stories (capítulo 2): Pelo direito de poder estar triste

Que a gente possa sofrer com dignidade. E não estou falando de sofrimento social (fome, miséria), mas psíquico, aquele que todo ser humano na face da terra vai experimentar em alguns momentos. Estar triste é também existir.


Que a gente possa chorar amargamente ao som de uma canção triste quando o amor não corresponder.

Que a gente possa debruçar consumadamente no ombro de um amigo quando a tão sonhada aprovação não acontecer.

Que a gente possa se ver em lágrimas logo cedinho, no café da manhã, por causa de uma discordância no trabalho no dia anterior. Que não precise ser de um jeito torto e às pressas, já saindo pra resolver outras pendências. Que a gente possa priorizar as lágrimas que querem sair de nós.


A gente tá tão acostumado a fingir felicidade que, quando a tristeza bate, parece invasão de privacidade. Nesse mundo latifúndio, vamos precisar acolher a dor de simplesmente não poder. Porque viver é uma espécie de incêndio na alma. Chorar acalma. Molhar a calma.




 
 
 

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